domingo, agosto 6

DIREITOS HUMANOS

Situação melhorou mas há graves problemas.

O Departamento de Estado norte-americano diz que o respeito pelos Direitos Humanos melhorou em Angola, mas o seu relatório anual considera que a situação na generalidade permanece «fraca e persistem graves problemas». O Departamento de Estado reconhece, contudo, que o Governo angolano tem vindo a abrir-se cada vez mais «à sociedade civil e à participação da oposição nos processos políticos».

«A nomeação de um provedor para os Direitos Humanos foi um passo importante para assegurar a possibilidade dos cidadãos expressarem as suas preocupações sobre os Direitos Humanos directamente a um organismo governamental independente», destaca o documento, que cita contudo, uma série de «problemas» nesta área.

Entre estes incluem-se «assassínios ilegais, desaparecimentos, tortura, agressões e abuso de pessoas» e ainda corrupção e impunidade, prisões arbitrárias, restrições às liberdades de expressão, de imprensa e de reunião e restrições ao direito dos cidadãos elegerem representantes a todos níveis.

O documento afirma que o Governo «ou os seus agentes» não estiveram envolvidos em quaisquer assassínios por motivos políticos. «Contudo, as forças de segurança mataram um número desconhecido de pessoas», acusa o documento, e acrescenta que «organizações locais do Direitos Humanos disseram que a polícia foi o principal violador dos Direitos Humanos e responsável por mortes ilegais», acusando ainda elementos das forças policiais de «comporem» os seus salários «pobres» através da «extorsão generalizada da população civil».

No que diz respeito à liberdade de imprensa, o documento indica que, «ao contrário do ano anterior», não houve informações de que a polícia tenha detido ou agredido jornalistas, fazendo notar que a rádio e jornais «criticam o Governo aberta e, às vezes duramente». «O Governo, na generalidade, tolerou críticas às suas políticas e acções por parte dos órgãos de informação independentes», diz o documento.

O relatório aborda ainda a alegada corrupção do Governo angolano, que diz ser «generalizada», embora - acrescenta – o Executivo tenha tomado medidas para «aumentar a transparência e reduzir as despesas estatais não reflectidas no orçamento oficial».

In: www.courrierinternacional.com.pt
Jornal Tribuna de Macau (excertos), Macau

4 comentários:

Anónimo disse...

Que longo caminho há ainda a percorrer nessa nossa Angola... Mas o importante, é que passos sejam dados nesse sentido, de melhorar, de transparência por parte de todos os sectores e em todas as esferas.
Abraço

ELCAlmeida disse...

Mas quando lemos o artigo de Jorge Eurico na Manchete do Notícias Lusófonas ficamos com a ideia que, ou há duas Angolas e os norte-americanos estiveram na "boa" ou alguma coisa não vai bem e as autoridades estão "distraídas". Um polícia pontapear uma grávida de 8 meses...?
Ainda assim continuo a acreditar que Angola ainda vai ser um Grande País.
Kandando
EA

José Leite disse...

Angola em frente, camaradas! Portugal dará uma forcinha!!! Me visita e dá um palpite no meu blog!

Anónimo disse...

Isto sao pormenores graves, que eu acredito que o povo Angolano vai ultrapassar! Angola será grande!