sábado, julho 12

REVISTA DA IMPRENSA: AS ELEIÇÕES CONTINUAM A INDUZIR VÁRIAS ABORDAGENS

«Partidos políticos sob ameaça de afastamento das eleições», este é o titulo principal do jornal Angolense, onde se fala da possibilidade de afastamento de alguns partidos políticos que apresentaram as candidaturas ao Tribunal Constitucional, já que agora se está numa fase de observação minuciosa da documentação.

«Os crónicos problemas da saúde», nesta matéria social, o jornal numa reporta os vários problemas que há muitos anos afectam o sector da saúde. Nesta abordagem o Angolense foi ao encontro dos programas dos partidos políticos para conhecer as ofertas que são apresentadas no plano da saúde.

Sobre economia, Gomes Cardoso promete penalizar as empresas que violam a legislação vigente. Esta matéria fala das leis ligadas ao comércio, como a lei que proíbe a entrada de produtos no pais com rótulo estrangeiro, mas que se continua a assistir este cenário nas prateleiras das lojas. O director nacional do comércio promete mão pesada para as empresas infractoras.

O Folha 8 traz como título principal «Dinheiro vai determinar vitória eleitoral», numa alusão ao financiamento da campanha. Outro título de capa «Miala e seus pares estão há um ano reclusos».

Aqui o jornal faz uma espécie de retrospectiva de tudo que se passou antes e durante o processo que levou à prisão dos quatro membros dos Serviços de Inteligência Externa.

Como chamada de capa no Folha 8, jornal português «O Público» acusa; «Kopelipa comprou quinta por mais de um milhão de euros em Portugal». Outra chamada. «Dinheiros confiscados da Angolagate, suíços desconfiam». «CEAST e as eleições, bispos querem vitória sem fraudes».

O Jornal Visão estampa «Kundi Paihama fora do MINDEN». O actual ministro da Defesa, general Kundi Paihama, será a próxima vítima a ser exonerado nos próximos dias pelo Presidente da República. Kundi Paihama deverá ser substituído por Armando da Cruz Neto, actual embaixador no Reino Unido.

Como outra chamada de capa. Independência para as Lundas. Isto pode provocar nova guerra. Os Lundas pretendem uma autonomia na Administração, defendem a independência ou o direito a um estatuto especial.

O jornal Visão traz outra chamada de capa, «Argola leva vida de inocente» o caso do super-intendente que matou no São Paulo.

Esta matéria prende-se com a morte de uma cidadã a queima-roupa, por um oficial da Policia por ter sido roubado o fio de ouro da sua esposa e fez um disparo que atingiu uma inocente.

«Depois do Canal 2, Tchize fica com a Movicel». «A Rádio Despertar pode fechar na próxima semana».

No jornal Agora, a principal manchete, «Pernoita dos votos foi chumbada». «Sonangol contra BPI». «INACOM quer fechar a Rádio Despertar». «Via expresso antes das presidenciais».

O Semanário Angolense sublinha no ante-titulo «Massanga Sakaita e Tchizé dos Santos têm «encontro marcado» na Assembleia Nacional». «O DNA» dos «herdeiros políticos» Massanga Sakaita, filho de Jonas Savimbi, e Tchizé dos Santos, filha do Presidente Eduardo Dos Santos».

Como chamada de capa, Hélder de Sousa «Rato» foi denunciado por uma vítima do salazarismo. O antigo «bufo» da PIDE-DGS, entre os quatros lusos do jornal «O País». O novo semanário do grupo «Nova Media» contratou 20 profissionais portugueses aos quais oferece salários de 6 mil e 500 Euros, casa em Talatona, carro e empregada doméstica.

«Poeira e obras nos arredores de Luanda». Como última chamada de capa «Mendes de Carvalho ameaçou abrir a boca».

O Novo Jornal traz como manchete «34 pré-qualificações». Referindo-se aos 24 partidos e 10 coligações, até ao dia 17 serão analisados os processos e depois ficar-se-á a saber quem e quantos estarão no boletim de voto. Verdadeira batata quente em mãos dos sete juízes são as candidaturas duplas, casos da FNLA e do PADEPA.

Vem ai o novo Sambizanga. Este município poderá ganhar uma nova imagem com a requalificação dos bairros Mota e Lixeira. O cadastro já começou, mas os moradores desconhecem o projecto.

Na contra capa «Refinaria do Lobito; Sonangol rompe com Braspetro». No epicentro desse divórcio esteve a tendência de imposição, por parte dos brasileiros, de condições extracontratuais tidas como incompatíveis que visavam a obtenção, pela Braspetro, de vantagens adicionais à sua presença na refinaria. (AMendes)

Enviado por: Margarida Castro

domingo, julho 6

Os estrangeiros...

Sou Angolana de nascimento, vivi 20 anos em Angola e esse é um País que eu amo e nunca sairá do meu coração. Não gosto de ouvir falar mal do meu País e muito menos do seu povo. Incomoda-me, irrita-me. Não consigo perceber as pessoas só vão trabalhar para Angola por causa do dinheiro. Não gostam do seu povo, das suas gentes e só são simpáticas e cordiais para angariar simpatia, essa simpatia chega ao ponto de abrir as portas de sua casa para ganhar confiança. Falam constantemente em corruptos e na facilidade em corromper.
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Dão-se ao luxo até de dizer quem corrompem, com nomes e tudo. Acham que somos tudo um bando de ignorantes, mesmo aqueles que se formaram, dizem que são um povo sem cultura geral e que têm cursos tirados à pressão nos países como Cuba, Rússia e África do Sul. Que é amigo de um chefe da policia em Luanda e que tem as costas quentes. Que ele não passa de um tolo que engraçou com o branco que até é simpático e sempre cordial. Que na DEFA consegue subornar que os vistos anteriores foi uma tal de (Dona) que ele dava gasosas que trazia de Portugal, livros de Direito, carteiras de peles etc... Agora diz que arranjou alguém com um posto bem alto que tem poder de decisão nos vistos para lhe dar um novo visto de trabalho diz que o visto desta forma sai…
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Em Maio ouvi isto tudo de um (senhor) que a Portugal tratar dos papéis e que até na embaixada tinha conhecimentos novos. Antes telefonava a um tal de (senhor) mas que este era mais vantajoso e melhor relacionado. Que o visto da maneira como ele está a tratar com tanta gente envolvida era certinho, mais quatro anos só a lucrar e depois logo vê se vale a pena continuar. Eu pergunto como é possível alguém que só tem o sexto ano de escolaridade permanecer como vendedor e ridicularizar o povo Angolano quando vem de férias. Como podem aceitar pessoas assim que não dignificam o País que os acolhe. Esse senhor esteve em Maio em Portugal para pedir um novo visto de trabalho.
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Quero ouvir falar bem do País onde nasci, cresci e fui feliz. O povo merece o melhor e não gente que não lhes dá o devido valor e os trata como imbecis.
Adorava nunca mais ouvir falar desta forma do meu povo da minha gente.

Obrigada pela sua atenção.
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Por: MARIA FERREIRA