quinta-feira, julho 26

Carta ao Consulado de Angola em Portugal: Abaixo-assinado.

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Ex.ma Senhora
Dra. Célia Baptista
Cônsul Geral do
Consulado da República de Angola
Av. da República, 68 - 1050 Lisboa



Lisboa, 16 de Julho de 2007


Ex.ma Senhora Dra.,

Na qualidade de Cidadãos Angolanos, residentes em Portugal, e na sequência das notícias avançadas pelos media não podíamos deixar de demonstrar a nossa perplexidade face à possibilidade dos Angolanos residentes na Diáspora estarem impossibilitados de votar nas próximas eleições legislativas, alegadamente "por não estarem reunidas as condições necessárias".
Sendo a edificação de um Estado Soberano e Democrático um dos principais objectivos da República de Angola, e de todos os Angolanos, é de inegável importância a participação de todos os Angolanos na prossecução deste objectivo.
Deste modo, parece-nos não poder ser, em circunstância alguma, ignorada a importância e o alcance do Constitucionalmente consagrado Direito de Voto da extensa Comunidade de Angolanos a residir em Portugal.
Neste sentido, e na esperança que este assunto ainda se encontre a ser analisado, gostaríamos de ser informados oficialmente pelo Consulado, sobre quais as alegadas condições que se encontram em falta para possibilitar que os Angolanos na Diáspora exerçam o seu legítimo Direito de Voto.

Agradecemos desde já a atenção dispensada e aguardamos por uma resposta o mais célere possível.

Pelo enriquecimento da democracia,
Abaixo-assinado

Esta carta será entregue ao Consulado de Angola em Portugal assim que forem reunidas todas as assinaturas necessárias para o abaixo-assinado. Embora este abaixo-assinado esteja a ser feito na cidade de Lisboa, sabemos que é um assunto que toca todos os angolanos ,em todo o Mundo. Por isso, achámos imprescindível enviar para além do abaixo-assinado feito em Lisboa, um abaixo-assinado "global" feito através da Internet. Assim, todos os angolanos, estejam aonde estiverem, são chamados a participar. A participação envolve, pura e simplesmente, o envio de um e-mail com o seu nome completo e número do bilhete de identidade ou passaporte ao queremos.votar@gmail.com. Na próxima segunda-feira, dia 23 de Julho, nós enviaremos por e-mail, ao consulado e ao MIREX (Ministério das Relações Exteriores), esta mesma carta seguida de todas as assinaturas que nos forem enviadas para o endereço electrónico referido. Deve se estar a perguntar: "Porquê enviar duas vezes a mesma carta?". Pois bem, para reforçar a nossa posição e para mostrar que não é somente a comunidade angolana em Portugal que está descontente com esta iniquidade que nos foi imposta, mas toda a comunidade angolana espalhada pelo Mundo, incluindo a que reside em Angola.
Até quando ficaremos calados?! Assine o abaixo-assinado."
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quarta-feira, julho 18

TAAG... Passageiros sem bagagem.

Anónimo disse...

Sei que o blog, não é espaço próprio, mas não pude deixar de ficar indiferente ao pedido de ajuda para denuncia relativa a companhia de bandeira nacional, TAAG:
Metade dos passageiros, do voo TAAG, que partiu de Lisboa para Luanda ontem, dia 17 de Julho 2007, por voltas das 13:00, chegou ao destino sem conseguir reaver a bagagem!!!
Até hoje de manha a TAAG, não informou os passageiros sobre o que realmente aconteceu e porquê? nem quando ou a que horas é que a bagagem vai chegar?! é um desespero que as pessoas viveram ontem e hoje de manha no aeroporto de Luanda, sem saber nada sobre as suas bagagens...
É um desrespeito total pelos passageiros, e os direitos dos passageiros onde é que ficam????
a TAAG aluga aviões e não tem capacidade para sequer fazer chegar as bagagens ao destino!
Uma verdadeira vergonha!!!
O que fazem ao dinheiro dos passageiros????
O que peço é que se tente ao menos levar esta denuncia ao conhecimento da opinião publica e que peçam explicações ao Sr. director da TAAG, ao ministro dos transportes de Angola ou a quem de direito!!!
18/7/07 13:30

terça-feira, julho 10


Registo Eleitoral é um acto cívico. Participe

São estas as situações que me deixam a espumar de raiva e com os nervos em pé. Vivo a 9 anos em Portugal e já votei, pelo menos, 4 vezes sem contar com 1 ou 2 referendos. Não sou nascido aqui mas já me foi concedido esse prazer, o prazer de SER CIDADÃO e votar naquele politico ou partido com quem simpatizo.

Convenci-me que podia fazer o mesmo na minha terra, meu país de origem, (onde tenho residência fixa, onde nasci, onde cresci, onde vive a minha familia) mas enganei-me. Não vou poder!!!


Sou angolano de gema, muitos dos bárbaros atrozes que são meus conterras discordam pelo simples facto que, para esses atrozes, ser angolano de gema é ser Negro na pele e não o facto de efectivamente ter nascido dentro da fronteira de Angola. Para esses atrozes a cor da pele é tão preponderante que até foi inventado um B.I com um campo correspondente a "raça" que no meu caso esta descrito "mista" (como se eu fosse uma sandwich) mas este assunto já está muito falado e não é o que motivou este post.


O motivo deste é só, única e exclusivamente, o facto de eu estar perto dos 30 anos e nunca ter podido votar no meu país e eleger alguém, seja ele(a) Presidente da Republica, Governo ou até mesmo Governador de Província.


Como se não bastasse ser angolano "misto" e sentir-me cidadão de 2ª e desclassificado por não ter pigmentação "standard", ou seja, NEGRO, também sou discriminado em relação aos que lá vivem (Angola) porque infelizmente só os que lá vivem podem votar! E eu? E eu que, por motivos de saúde e académicos, tive de emigrar (provisoriamente espero) não tenho direito ao sufrágio??? Não tenho direito a eleger o meu representante???


Alegadamente não há condições dizem as fontes governamentais. Outros dizem que por cobardia o governo que desconhece as intenções de voto do eleitorado na diáspora não quer arriscar em conceder esse direito Universal.

Não sei nem quero saber qual a causa de me não me ser permitido votar, uma coisa vos digo, por mais que me desprezem e por mais que me ostracizem e ignorem EU SOU ANGOLANO E SOU POR ANGOLA..

VIVA ANGOLA E TODA A FAMÍLIA ANGOLANA ESPALHADA POR ESTE MUNDO FORA, INDEPENDENTEMENTE DA SUA FILIAÇÃO POLITICA, RELIGIÃO OU PIGMENTAÇÃO DA PELE.