sexta-feira, agosto 26

ANGOLA



Angola esteve mergulhada em guerra civil durante virtualmente um quarto de século desde a sua independência.

Mas a morte do líder veterano rebelde em 2002 anunciou o fim do conflito e reacendeu as esperanças numa paz duradoura.

Embora seja um produtor de petróleo em expansão - neste momento um dos oito maiores fornecedores dos Estados Unidos - Angola é um dos países mais pobres do mundo onde a esperança de vida está entre as mais baixas do continente.

BREVE HISTÓRIA
O governante Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e o grupo rebelde UNITA eram rivais mesmo antes do país ter conquistado a independência de Portugal em 1975. A União Soviética e Cuba apoiavam o então marxista MPLA, enquanto os Estados Unidos e a África do Sul dominada pela minoria branca apoiavam a UNITA como um baluarte contra os interesses da União Soviética em África.

Depois de 16 anos de conflito que provocou a morte de 300 mil pessoas, um acordo de paz, em Lusaka, possibilitou a realização de eleições. Mas a UNITA rejeitou os resultados e recomeçou a guerra, em que centenas de milhares mais foram mortos. Um outro acordo de paz foi assinado em 1994, depois do que a ONU enviou observadores de paz.

Mas a situação piorou de novo e em 1999 os observadores de paz retiraram-se, deixando atrás de si um país rico em recursos naturais mas inundado de minas anti-pessoais e ruínas de guerra.
A relação entre a guerra civil e o comércio ilegal de diamantes -- ou "diamantes de sangue" - provocou a preocupação internacional. A ONU impôs um congelamento das contas bancárias usadas para comercializar as gemas.

A morte do líder da UNITA, Jonas Savimbi, numa troca de tiros com as "forças governamentais" em Fevereiro de 2002 abriu novas perspectivas de paz. O exército angolano e os rebeldes da UNITA assinaram um cessar-fogo formal em Luanda em Abril de 2002 para pôr fim a 27 anos de conflito.

LÍDERES

Presidente: José Eduardo dos Santos

José Eduardo dos Santos tornou-se presidente com a idade de 37 anos, substituindo o primeiro presidente do país, Agostinho Neto, quando ele morreu em 1979.

Nascido em 1942, alistou-se no exército de guerrilha do MPLA com a idade de 19 anos. Na antiga União Soviética formou-se em engenharia de petróleos e telecomunicações de radar. Ocupou postos ministeriais antes de se tornar presidente.

Nas eleições presidenciais de 1992, por uma margem mínima, ele bateu o líder da Unita, Jonas Savimbi, que rejeitou os resultados e recomeçou a sua guerra de guerrilha.

Dos Santos disse em 2003 que seria improvável que concorresse às eleições gerais previstas para 2004 ou 2005.


Primeiro-ministro: Fernando da Piedade Dias dos Santos (Nandó)
Ministro da Defesa: General Kundi Paihama
Ministro dos Negócios Estrangeiros: João Bernardo de Miranda
Ministro das Finanças: José Pedro de Morais


MEDIA
Os media controlados pelo governo são predominantes. A única agência noticiosa de Angola, ANGOP, e o único jornal diário, Jornal de Angola, são estatais e publicam poucas críticas ao governo.

A constituição garante a liberdade de expressão mas o governo nem sempre respeita isto e os poucos órgãos independentes continuam a ser atacados, perseguidos e ameaçados.

No entanto, vários jornais independentes e estações de rádio privadas passaram a adoptar posições cada vez mais críticas em relação ao governo.

Serviços de televisão pagos são operados pela Multichoice Angola, e incluem canais em língua portuguesa.

A imprensa
Jornal de Angola – diário nacional
Angolense – semanário
Folha 8 – semanário privado (Luanda)
Actual – semanário privado
Agora – semanário privado

Televisão
Televisão Popular de Angola (TPA) – estatal, opera dois canais

Rádio
Rádio Nacional de Angola (RNA) – estatal, opera o Canal A, Rádio 5, Rádio N’gola Yetu, Rádio FM Stereo e Rádio Luanda
Rádio Ecclesia – Estação FM Católico-Romana
Luanda-Antena Comercial (LAC) – privada
Rádio Morena – privada, com sede em Benguela

Agência de Notícias
Governo
Angola Press (ANGOP)


Fonte:
BBC África.com

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