terça-feira, março 13

Petróleo-dependência

Angola é um país com grande potencial em termos de recursos minerais, contudo, este potencial só se traduzirá em riqueza quando “bem” explorado, ou seja, quando as receitas proveniente da sua exploração forem aplicadas para o bem geral da nação, elevando o seu bem-estar.

O que se tem verificado é que estas não têm sido “bem” aplicadas, verificando-se somente a aplicação de uma pequena parte das mesmas, apesar do seu incremento diário provocado pela alta geral do preço do petróleo nos mercados internacionais.

Verifico com preocupação esse facto porque, segundo especialistas em energética, Angola só tem reservar provadas de petróleo para mais 30 ou 40 anos.

Outros Estados produtores de petróleo, nomeadamente, os Emiratos Árabes Unidos, confrontados com a mesma problemática (Esgotamento das suas reservas petrolíferas) têm investido fortemente nas novas tecnologias da informação, uma forma de perpetuar o elevado nível de vida das suas populações, depois do fim das receitas proveniente da exploração petrolífera, pois, é nesse tipo de produtos que se obtém uma mais valia.

O que se tem verificado em Angola é que, para além das receitas petrolíferas não reverterem para o bem-estar da maioria da população, os poucos investimentos efectuados não têm grande rentabilidade, perpetuando assim a sua dependência das receitas da exploração mineira.

Para agravar esta problemática, os maiores consumidores mundiais de petróleo estão a desenvolver muitas e mais limpas tecnologias, afim de diminuírem a sua petróleo-dependência. Muitas não terão grande sucesso, outras porém, poderão diminuir drasticamente a importância que actualmente representa o petróleo como fonte de energia.

Um exemplo é a tecnologia de liquefacção do carvão, que apesar de antiga, ganha maior importância, devido a alta do preço do petróleo.

Os EUA e a China, grandes consumidores de petróleo mas também, possuidores das maiores reservas mundiais de carvão, olham para esse processo a salvação da sua petróleo-dependência. Assim, estão a olhar para as melhores praticas desenvolvidas nesse domínio, como são, a experiência sul-africana, que devido o embargo económico sofrido por causa do procedimento do seu regime político da altura (Apartheid) se tornaram especialistas nessa técnica.

Cabe ao governo, ou governos futuros (esperemos que ao longo dos próximos 30 ou 40 anos haja rotatividade do poder em Angola e não seja sempre o mesmo MPLA dos últimos 30 anos), de Angola investir em politicas correctas para que quando o dia D chegar (fim do Ouro Negro) estejamos em condições de prosperar sem essa dependência que hoje é o catalisador da nossa economia, ocupando na balança das exportações o 1º lugar do pódio.
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Por:
O'mbaka

1 comentário:

Paulo disse...

Só para deixar um grande abraço.
Bom fim de semana,
Paulo